domingo, 2 de novembro de 2014

Ar

Me espera
Eu te quero, mas preciso me entregar inteira
Ainda recolho cacos e minha tela ainda é feita de fractais
Seu calor me funde das brechas as beiras
Mas o toque final, só eu posso fazer, sem manuais

Me eleva
Sinto que você sente
E acho lindo isso pulsando em suas veias
Você se expõe, sem censura, se faz presente
E me faz rir, falando de pochetes ou de um par de meias

As vezes sonho alto
E acabo revelando um futuro que quero
Tento me conter, engulo palavras, sobressalto
Abro mão, da insegurança, medo e dor
Sem medir dor, te dou valor
Quero ser o seu torpor, ardor, amor

Que o meu amanhecer, seja o seu sorriso
Morder sua nuca, perder a respiração, beijar o seu umbigo
Que o meu abraço magro seja o teu abrigo
Morder tua nuca, boca, pé e mão
Ser o seu colchão

Não escolhi o tempo, nem espaço, nem você
Mas abandonei o “se”
Deita aqui no meu colo, desliga a TV

Nenhum comentário: