segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Ode a princesa

De repente...

O breu!

Não consigo ver um palmo diante de minha face...

De início... me vem um instinto que insiste em não mudar desde a infância...

Sinto medo, medo do escuro... bicho papão e outras coisas!

Para me proteger me enfio embaixo do edredon e fico lá, quase que em posição fetal, mesmo não estando dentro do ventre de minha mãe, sinto que ela me protege mesmo assim.

E isso me acalma.

Ao passar dos segundos, os meus olhos acostumam-se com essa nova situação.

Como um gato, as pupilas dilatam-se, para que mais luz entre por meus olhos.

E a tela começa a desenhar-se diante de meus olhos.

Por um instante até duvido se estou sonhando ou se ainda estou acordado.

Ergo minha cabeça para ter um melhor ângulo de visão.

Consigo ver, na extremidade na cama, um pé apoiado sobre ou outro... dando fim as pernas cruzadas semi-nuas, cobertas apenas pelo short. E os pés? Cobrem-se de meias, revelando talvez o seu lado burguês, o que não posso deixar de citar! (risos).

Nesse momento, já estou meio que em um transe, causado pela junção do sono com a imagem a minha frente.

Subindo um pouco mais o olhar, posso ver o que alguns poetas fantasiariam descrevendo como “uma saliência sensual”, mas que eu chamo de barriga (risos). A camiseta que completa a peça de dormir, está bem justa ao corpo, delineando cada curva que os meus olhos podem ver.

Ainda que cobertos, pelos braços e pela camisa, posso ver em meus pensamentos claramente seus seios desnudos. Junto a esse pensamento, vem o seu cheiro. Que me excita e acalma, numa mágica que talvez eu nunca possa compreender, mas ao bem da verdade, não faço a mínima questão de quebrar este encanto.

Os braços protegem seu colo, mas não me impedem de ver seu pescoço... queixo... boca.

A essa altura, meus olhos já acostumaram-se a escuridão, posso ver claramente as dobras de seus lábios. A pequena jóia em seu nariz ainda reflete um fraco reflexo da luz do luar.

Mas, quando menos espero, tenho uma surpresa. Quando chego aos olhos, me deparo com eles abertos, olhando pra mim. Ao notar a minha surpresa, o rosto dela abre um lindo sorriso, confessando um certo prazer em estar sendo observada. Fixo essa imagem em minha mente e fecho os olhos, como se pudesse assim, eternizar a imagem em meu cérebro.

Quando dei por mim, meu corpo já estava debruçado sobre a cama. Os lábios, distam apenas aluns centímetros dos dela. Os olhos, procuram um ponto fixo, tentando hipnotizar um ao outro. As mãos, se encontram e entrelaçam, acariciando uma a outra.

Lentamente, os lábios se tocam e eu posso sentir finalmente o gosto da boca da mulher que habita meus sonhos, mesmo quando estou acordado.

Do que houve depois disso... não me recordo ao certo. Só sei que hoje, acordei ao lado dela. Ela debruçada sobre meu corpo, acariciando meu rosto e sorrindo, sussurrando um bom dia. Eu olhava pra ela e não conseguia pensar mais em nada, pois a sensação de transe, ainda não passara. Só conseguia e só consigo, até hoje, sorrir e agradecer por tê-la em meus dias, tardes, noites, madrugadas e sonhos.

Obrigada por existir minha princesa!

Eu te amo!