quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Reconstruir



Manter calado o que se grita aos quatro ventos. Vontade de deixar meu sentimento ao relento, pois nenhum dos quatro ventos é confiável. Não o suficiente pra opinar algo palpável. Na verdade, eu é quem tenho que findar minha trilha, ser o último a apagar a luz, talvez voltar a minha antiga matilha. Na verdade, eu quero é voltar atrás... e tentar, tentar, tentar e tentar mais umas vezes. Sei que vou me machucar... mas os sorrisos... Sei que vou me machucar... mas esses olhos... Sei que já to machucado, mas foi tudo tão bom. Tudo tão real, tudo sempre ao alcance das mãos. Mesmo à quilômetros de distância, até hoje posso sentir sua presença.
Meu desejo era ter aquela máquina dos homens de preto, que apaga a memória das pessoas e permite remodelar sua vida. Usaria comigo mesmo. Não pra esquecer, o que eu queria na verdade, era sumir com isso tudo e me permitir passar por tudo novamente. Desde aquele cookie que eu não comi.
Sei lá, só precisava falar um pouco. Talvez não mude nada. Eu quero que mude. Talvez até com força demais. Quebrei promessas feitas frente ao espelho. Que se dane, o orgulho já foi ao chão e voltou. Sempre digo que não quero muita coisa, que quero algo simples. Aprendi que é simples pra mim, complexo pros demais. Hora de reconstruir isso aqui. Varrer a poeira pra fora de casa e arrumar meu quarto. Com a poeira vai embora todo esse sentimento ruim. E do meu quarto, não quero que saia nada. Mesmo que tirem tudo, só as paredes já me traram lembranças tão boas que sou capaz de limpar minha alma.
Desejo com todas as forças. Você sabe o que.