segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Emoldurado

Caçando motivos pra imaginar que a vida não é brisa
Sempre inverto escritas
Coisas ditas em lugar nenhum

Tão bom seria se eu fosse o quarto homem da tua vida
O colo pra testar o teu batom

Querer te embalar numa canção
Sobre um cachorro num apartamento
E nós dois num colchão

E esquecer
Que eu trabalho na segunda-feira
Oh não…

Maturar nosso lar
Montar teu quadro em mim
Pro teu olhar
Sou moldura pra ti
Amar cura, em si

Semear meu beijar
Testar teu corpo
Em ti, eu me plantar
Sou moldura pra ti
Amar cura, em si

Querer seu toque sem limites
Precipite o ato
Não edite é fato que eu penso depois
O torque do peito ao te ver sorrir
Revela o quase implodir
Eu rio e choro por nós dois

Não ser pesar
Pensar que eu sou inteiro por você

Em suas mãos

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Barco

1 passo adentro
1 peça de roupa a menos
As mãos já não respeitam a cartilha pontilhada
Vagam
Intuitivas pela tez lisa e se fecham
O desejo quase arranca pedaço
O rosto contrai
Depois sorri
Reciprocidade
Encaixe
Quero mais horas
Sem dormir
Só sentindo
você me navegar
Doma e retoma o que é teu
Dona, me refaz, todo ao seu
Jeito
Adormecemos
Entorpecidos
As peles se confundem
E sono se vai
Retorne a primeira cena

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Evoé

Fico tão pequeno diante do baque do mundo
Paraliso, mudo tom e olhar
Nesse tempo que antecede
Aflora a pele, o riso, o choro
Minh’alma me repele
Me apego ao berço ao rosto
Daqueles que sempre servem
A cerva, o encontro, o abraço
Mas nada me tira esse laço
E esse nó cego sufoca
Na toca, me recolho
Mundo cheio de gente feliz
As que prevalecem, tão vis
Pena ser pro mal
Sufocada, morreu minha moral
Só facada, cada olhar, um punhal
Soterrada, minha esperança de tudo mudar
Me despeço
Vou brindar com Baco e pensarei em vocês

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Bom dia

Muito mais que eu espero
Alimenta a minha condição de
Refem do seu sorriso
Imaculado, o meu pedido
Latente, o meu desejo
Indecente, o que penso
Até que chegue a sexta-feira