sábado, 29 de novembro de 2014

São eu

A força
A fruta
O côco
Não
Se abre fácil
O riso
Sem ar
Juízo
Valores
Sem pudor
Evita dores
Dois
Amores
Dois quartos
Ao lado
Sempre
Atento
A tudo
A todos
De nada
Leva
Sem precisar
Leva
Sem questionar
Leva
Pra amenizar
Leva
Se precisar
E traz
Todos pra perto
Atrás
Do que é
Certo
De que meu sorriso
É dela
E dele
Ganho a força
E dela
Ganho a flora
Gama de cores
Cheiros
Amores
Não reconheço
Dores
Nessa relação
Só há um fluxo
Círculo de sentimentos
Sem quinas
Deixamos as binas
Confiamos
Olho no olho
Peito contra peito
Abraços em nó
Lágrimas
Só por
Nós
Na garganta ao ver
Nascer o ponto
O porto
O tordo
E parto
Viajo
E torno
Acredito
E o sorriso
Me leva
Nova a mente
Me pega
E apaga
O que resta
Sobras
Vão fora
Medida exata
E exala
O sentir
O medir
O transmitir
E o viver
Agradecer
Três pilares
A formação
Mais forte
Por sorte
São
Eu
Sou.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Flor

Conheci uma flor que se mostra cada vez mais linda.
Hoje, durante um passeio pelo jardim, novamente parei pra conversar com ela e fiquei sabendo mais detalhadamente das pragas que tentam acabar com o colorido das pétalas.
E é tão incrível ver como um ser tão pequeno e frágil pode reagir dessa forma a coisas tão pesadas, a adversidade que a vida apresenta não é compatível com o escudo que ela aparenta carregar. Cada baque, cada entrave, cada porta que se fecha… E ela permanece sorrindo.
Fico sabendo de tantas histórias de vida incríveis. Tanta gente que luta pra ter um mês a mais.
Ela me disse que tenho que viver tudo intensamente. Fazer tudo o que tenho vontade e não deixar de falar nada que penso. Dar valor a tudo e a todos os momentos. Não me sentir culpado por sentir a todo momento a flor da pele. Sentir sem esperar retribuição. Ir além. Buscar sempre mais. Parcelar no cartão mas não deixar de ir a lugar algum que possa me trazer um sorriso. Abraçar e não soltar. Ela riu quando me viu cheirando minha própria mão e sentindo o perfume daquela que me toma a cabeça. E disse pra não lavar a mão. Pra me entregar ao vício desse cheiro. Pra não esperar pra responder mensagem alguma. A não desistir da banda. De persistir e tocar no dia 7.
Tudo isso, sem saber nada da minha vida. Simplesmente contando sobre sua praga.
Tão difícil ouvir.
Tão fácil sorrir ao ver a felicidade dessa menina.
Alguém que quero guardar por perto. Pra cuidar e ouvir sempre que precisar.
Desejo que tudo dê certo nessa luta. To aqui pra cuidar do jardim se precisar.

domingo, 2 de novembro de 2014

Ar

Me espera
Eu te quero, mas preciso me entregar inteira
Ainda recolho cacos e minha tela ainda é feita de fractais
Seu calor me funde das brechas as beiras
Mas o toque final, só eu posso fazer, sem manuais

Me eleva
Sinto que você sente
E acho lindo isso pulsando em suas veias
Você se expõe, sem censura, se faz presente
E me faz rir, falando de pochetes ou de um par de meias

As vezes sonho alto
E acabo revelando um futuro que quero
Tento me conter, engulo palavras, sobressalto
Abro mão, da insegurança, medo e dor
Sem medir dor, te dou valor
Quero ser o seu torpor, ardor, amor

Que o meu amanhecer, seja o seu sorriso
Morder sua nuca, perder a respiração, beijar o seu umbigo
Que o meu abraço magro seja o teu abrigo
Morder tua nuca, boca, pé e mão
Ser o seu colchão

Não escolhi o tempo, nem espaço, nem você
Mas abandonei o “se”
Deita aqui no meu colo, desliga a TV