segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

FILMES EM CONTO

A true story....





E eu que pensava que todas aquelas cenas de besteirol americano só faziam parte da mente de um autor sonhador...
Eram quase oito da noite e tudo caminhava como um dia normal, apesar do meu momento típico "Saga Crepúsculo" (esse eu sabia que era possível, exceto pelos vampiros que brilham no sol e evitam um bom sangue humano), quando a ligação ansiosamente esperada da moça bonita interrompe o meu processo criativo de mandar uma mensagem pra ela (é, inspiração sempre foi um ponto marcante em mim).
Admito que me surpreendi com o convite da moça bonita e parecia que ela já previa qual seria a minha resposta. Lá vou eu pra casa dela (loucura? Pode ser, mas como eu disse, a inspiração é o meu forte)... antes, beijo da mãe, conselho para não esquecer de ligar o farol, limpador de para brisas e cuidado principalmente (cuidado... as mães sempre sabem das coisas... eu desconfio que a minha tenha uma bola de cristal). Liguei o carro, segui as instruções da mãe e cheguei ao destino (destino com os olhos mais lindos que já vi).
Beijo, abraço, beijo, beijo, abraços... um silêncio só de nós dois (seus pais haviam saído), mas a bola de cristal da mãe (minha ou dela, sei lá) resolveu trabalhar quando escutamos o ruído do portão. Lá estava eu embaixo da cama da moça bonita rezando para o Deus que precisava de qualquer forma me ajudar. Porém, quando o pai da moça sentou na cama, imaginei que eu realmente deveria ter frequentado mais a igreja como todos ainda me dizem (ufa, foi só um susto).
Quando enfim os pais dela foram dormir, saí da cama, voltei pra cama, saí da cama, fui pro outro quarto e estávamos novamente apenas eu e ela tentando encontrar uma forma de me tirar de lá e foi o que ela fez (como um besteirol americano brasileiro), conseguindo abrir a porta. Agora eu era Vin Diesel em Velozes e Furiosos correndo pelo quintal da moça e pulando o muro (adrenalina à flor da pele). E finalmente o Jim, Kevin ou Stifler da vida real sorri de novo pra moça bonita ao final de mais uma história imaginada de sonhadores. Mais uma vez o mocinho tem um final feliz (eu disse final? Desculpa! Foi só o começo). Eu sabia que a "Saga Crepúsculo" tinha algo de verdade.

Autor Conhecido que não quer ser reconhecido

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

O outro lado




O tempo não para, eu sei, nem a vida... e o corpo também sempre pede um pouco mais de calma a cada dia e a mente não obedece sempre. Atolada em pensamentos de tudo que é tipo, segue sem um rumo certo, mas traz sempre lembranças daquilo que não existe mais. Aquela parte se foi e aprendo que mesmo estando frente ao rio, ele não é mais o mesmo. Mesmo tendo as mesmas margens, a mesma cor da água, os mesmos peixes e lendas escondidas nele. Sua essência, suas águas já estão passadas e não posso me atrever a atravessá-lo. A força da água tomou força maior. Apesar das braçadas mais fortes, vou ser carregado rio abaixo se tentar atravessá-lo. O que me resta, é seguir rio abaixo e tentar achar uma ponte para transpor as águas sem tocá-las.

Encontrei!

Ponte feita de cristal. Forte como um cristal, mas em compensação, translúcida e me permite enxergar o rio enquanto atravesso. Ao dar uns 4 ou 5 passos na ponte, ouço um barulho bem forte atrás de mim. Na verdade, foi imaginação, mas é tão real que posso ver duas portas de ferro se fechando e travas passando de um lado a outro num ballet prisional que me impede de voltar e olhar pra trás. A cada passo dado, o cristal atrás de mim, torna-se carvão e não posso ver a parte do rio que deixei pra trás. Mas ainda estou acima do rio e posso ver boa parte do rio, quase sua nascente pra ser mais exato.

Do outro lado da ponte, vejo portas abertas... e meus passos seguem em direção a elas.

O texto não acabou, mas o ar tá difícil de respirar aqui, então acho melhor parar e concentrar-me nos passos.

Quando chegar ao outro lado, mando notícias.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dez segundos



Foi só eu acordar pra perceber
que você nao estava aqui
Foi só eu levantar pra descobrir
Eu já nao tinha aonde ir
cadê você?
foi só eu precisar de um minuto que era meu
pra você se distrair
Foi só eu confessar tudo que eu já neguei
pra você se despedir
cadê você?
só agora eu descobri
Dez motivos pra sorrir,
Dez minutos pra me achar e
Dez segundos pra te ouvir
Cadê você ? felicidade, cadê você?


Transmissor

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Sobre as sardas




Talvez aquelas sardas sejam a solução pros meus desencontros de pensamentos.
Hoje me peguei velando seu rosto e aquelas pintas vermelhas formavam um mapa do que poderia ser um caminho tão fácil a trilhar...

- Ele: Mas não podemos nos permitir. Ao menos não agora

-Ela: Na verdade nem existe nós! Apenas você imaginando um possível futuro...

-Ele: Mas é que é tão bom imaginar seu sorriso alinhado ao meu. Posso ser cafona, brega, sei lá... Mas... consigo imaginar fotos nossas em momentos tão gostosos. Só a lembrança desse possível futuro hoje proibido, já me traz alegria! Imagino seu sorriso e seus olhos brilhando olhando pra mim... Fotografo esse pensamento e fico assustado como isso me encanta.

- Ela: Você tá maluco? O que deu em você? A gente sempre se deu tão bem mantendo essa distância sadia! Porque tá falando essas coisas? Acho melhor eu ir embora

- Ele: Na verdade, é isso que eu quero mesmo...

- Ela: Que eu vá embora?

- Ele: Sim, que você vá embora com esse jeito de quem vai pensar nisso talvez não só nos próximos minutos. Minha missão de hoje tá cumprida. Tomei seu pensamento e por uns segundos posso apostar que você pensou em um possível “nós”!

-Ela: Tchau Ele. Se cuida

Ele sorri, mas se sente inseguro por dentro.
Na verdade, nem ele acredita no que aconteceu.
Só sabe que da próxima vez que encontrar aquelas sardas... vai atravessar a rua!


No playlist: Bases de gravação da Nevemarço.
"São farsas demais e o meu tempo grita segredos dentro de mim"

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Fragmentos I

"O mundo quer amolecer cacetes / O mundo quer endurecer corações"
André Dahmer

" Sentir dá trabalho e trabalho acarreta uma série de responsabilidades. Responsabilidade é chato demais e não aquece seus pés nos dias frios. ..."
Fernanda Mello

"Eu me apaixono por nada, por bobagem. Posso dedicar minha insônia a uma pálpebra feminina. Confundo a irritação dos olhos como uma mensagem. E tentarei explicar os gestos subseqüentes dela como uma articulação premeditada para me conquistar"
Fabrício Carpinejar


E assim busco saídas.
As respostas não querem ser encontradas. Devo aprender a respeitá-las e deixá-las de lado de uma vez por todas.
Vamos deixar a busca pelo porque de tudo para os físicos e matemáticos. Sem sentimentos deve ser mais fácil encontrar respostas.
Lucas Freitas

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Dia 5 em 5 atos





1 – O pé esquerdo

Acordei colocando o pé esquerdo no chão e já achando que isso era um mau sinal. Após cumprir a rotina matinal, incluindo algumas canções no violão, que quase me fazem perder a hora, me encaminho para porta e lá fora encarar o mundo novamente.
Abro a porta / passo /fecho a porta
1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11 passos contados até o portão
Ao passar, me vejo dando o primeiro passo com o pé esquerdo novamente. Mas antes de conseguir pensar que tudo daria errado novamente, meus ouvidos são somados por uma risada gostosa de um bebê, que na imaturidade dos seus 10 meses, me fez perceber e entender que começar com o pé esquerdo não influencia em nada como será meu dia. Meu priminho começa sua primeira caminhada (ainda cambaleante) com seu pé esquerdo. Um mega sorriso no rosto e vem pros meus braços como se entendesse que eu precisava daquilo. Como se não bastasse, me fez ficar de pé e ao mesmo tempo que usava meu dedo como apoio, me puxava pra dar um passeio do outro lado da rua e depois voltar pra casa. Apontou pro carro e falava comigo em seu dialeto “bebéio”. Demorei um pouco a entender, mas abri a porta. Olhou pra mim, sorriu e estivou o bracinho pedindo pra que eu entrasse no carro.
Entrei
Ele ainda não sabe dar tchau, então, ao voltar pro colo da vó, bateu palmas no lugar de acenar com as mãos.
Ficou me encarando sorrindo até eu dar a partida e sair de casa.
Saí, sorrindo pegando emprestado um pouco da vontade de viver que esse pequeno tem de sobra.



2 – Irmão, vem me buscar?

Bem... não foi bem assim. O pedido foi feito a mãe.
Mas não adianta, apesar de não sermos gêmeos, senti a necessidade de ir até meu anjo mais novo. E fui.
Cheguei na escola, deixei que entrasse no carro e impedi que a mãe o questionasse sobre o ocorrido na saída.
Imaginei várias possibilidades, mas tinha a certeza de que ele sentia-se ameaçado de alguma forma. E me peguei imaginando várias situações do meu irmão sendo cercado por “trocentos” outros caras. E percebi que, por esse cara, eu me transformaria num Power ranger e venceria as forças do mal 3 vezes usando só uma das mãos.

3 – Dermatologista

Fui ao médico hoje. E descobri que a consulta estava marcada pra ontem. ANIMAL MESMO!
Remarquei a consulta pra daqui 1 mês.

4 – Barraco no sinal

Ao sair do consultório, caminhei um pouco pela cidade ouvindo músicas no modo aleatório do celular e imaginando que o eu avistava como o vídeo clipe das músicas que tocavam. Impressionante foi como a música casou com a cena que presenciei do outro lado da rua que estava para atravessar. Aguardando o sinal abrir, encontrei um casal do outro lado da rua. Ela gesticulava super nervosa e falava alto. O som dos carros passando não me deixava ouvir a conversa. Ele, calado, olhava pra frente e a IGNORAVA solenemente. Duas mulheres que conversavam ao meu lado ficaram revoltadas com atitude do cara e uma disse a outra aquela velha máxima: “Homens são todos iguais mesmo! Olha lá! Finge que nem é com ele...”
O sinal fechou pros carros e confesso ter dado alguns passos largos pra chegar mais perto e ouvir a conversa.
O que aconteceu foi o seguinte...
A mulher não conhecia o cara!
Ficou mais estranha a história?
Não...
Ninguém percebeu, mas no meio da conversa o cara deu uns passos pro lado tentando afastar-se dela. Enquanto eu e os outros espectadores achávamos que ele teria feito isso pra evitar ouvir ladainhas da mulher, na verdade ele estava incomodado com a mulher, DESCONHECIDA por ele. Ela falava ao celular e ninguém percebeu o fone de ouvido que ela usava. Olhei pro lado e as duas mulheres que conversavam devolveram minhas risadas.

Perguntei: - Vocês também acharam que eles...?
Elas: - É, pensamos que eles também...

E depois dessa conversa longa e com total sentido, elas foram pra um lado e eu pro outro.

5 – Porta emperrada

Estudando na sala de casa, fui abordado pela minha mãe com uma problemática mííííítica pra resolver. A porta da cozinha não abria de jeito algum!
Forte, como todos sabem, me levantei corajoso, muito macho e determinado. Fui até a porta e decidi usar a mente e não a força pois não preciso provar que sou forte. Olhei do lado de dentro. Examinei cada brecha e... nada. Olhei pelo lado de fora... nada.

- Mãe! Vou ter que usar a força... Afaste-se da porta!

E num ato heróico, lancei-me contra a porta com 30% da minha força.
A porta nem se moveu
Usei então 70% da minha força...

- Mãe! Tira a pia da frente da porta porque devo atravessar com tudo...

A porta nem se moveu, mas a cachorra latiu! Já era um sinal!

Usei 100% da força e o que consegui foi deslocar meu cérebro e fazer com que ele desse 3 piruetas e meia da minha cabeça. Tá doendo até agora.

Então, parei de graça, peguei uma chave de fenda e com o mínimo de força, consegui abrir a maldita porta. Inteligência master...

A moral de todas as histórias?
Vida que segue.
Amanhã tenho que encontrar meu priminho novamente.
Estar preparado pra salvar o mundo do meu irmão com meu megazord.
Tenho médico marcado mês que vem
Aquele cara que ficou ouvindo gritos e foi julgado erroneamente no sinal vai precisar de terapia. Preciso indicar alguns telefones.
E a porta da cozinha vai emperrar novamente. Assim como minha vontade de viver. E assim como na porta da cozinha, não adianta me jogar sem pensar contra isso. Bastam pequenas ações pra que a porta fique livre novamente para que minha vida siga livre novamente.
Você, que leu até aqui, é uma das minhas ferramentas. Qual gostaria de ser e porque?

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dia 4 em 4 linhas

Cadê toda aquela preocupação falada e escrita?

Já passou da hora de ser demonstrada...

Muita coisa já passou da hora.

Talvez a minha hora já tenha passado.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Dia 3 em 3 atos

1º Ato



Hoje foi um dia de testes no laboratório.
O Cientista louco, do alto de sua sapiência resolveu testar sua cobaia mais uma vez.
Na verdade, testou diversas vezes, incansavelmente, até a exaustão física e mental. Os experimentos apontaram resistência, mas os resultados ainda são ínfimos perante o esperado.


2º Ato



Mas o que importa mesmo, é achar conforto em palavras que não sei como descrever. Mas de diferentes formas e oriundas de diferentes pessoas, de diferentes lugares, em diferentes situações, essas palavras encontram lugar pra morar no meio do temporal.
Pode pegar a chave da casa, está embaixo do tapete. Meus guardiões conhecem quem é de bem e quem me quer bem, portanto, não será difícil se aproximar e adentrar esses muros que agora estão altos demais.

3º Ato



Só aviso que, dentro do castelo, as coisas mudaram um pouco de lugar. Mas num salão, um pouco escondido agora, confesso, estão guardados os tesouros de um cavaleiro antigo, que vagava por estepes em busca de outros reinos. Lá, estão memórias e bons sentimentos de lugares que visitou, pessoas que conheceu e os reinos propriamente ditos.
Sejam bem-vindos, os jogos estão para recomeçar.
Tomem seus lugares e apreciem o show.

domingo, 2 de outubro de 2011

Piscar de olhos







É como se eu perdesse o direito de ser feliz.

(Ser diferente de estar)

Dizem encontrar em mim tranqüilidade, mas não reconheço essa pessoa que me habita agora.

Caio F. de Abreu diz:
“Sei que dá vontade de abrir um zíper nas costas e sair do corpo porque dentro da gente, nesse momento, não é um bom lugar para se estar.”




Tudo parecia tão natural quanto piscar os olhos. De repente, desaprendi a piscar e agora meus olhos ardem por passar, atônitos, muito tempo abertos.

“Me deixa esquecer teu nome”
Transmissor

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Não brinque comigo!




Não brinque comigo
Tudo foi brincadeira, tudo o que falamos, tudo o que imaginamos, tudo o que faríamos se não fosse uma brincadeira.
Quando eu disse que podia, quando eu disse que queria, quando eu disse o que sentia por você. Foi brincadeira seus braços estendidos como se fossem fechar em mim, minha doação de pernas pela sua linguagem, quando avisei que os pássaros morreram no mesmo dia nas gaiolas da janela e que o silêncio era agora insuportável, porque o silêncio lembrava o que ele substituiu.
Tudo foi brincadeira, um homem aceita que é brincadeira, mente que é brincadeira, porque a mulher perguntou se ele estava falando sério, a mulher desacreditou dele no exato momento em que ele mais acreditava, no momento em que ele treinava o sopro, no momento em que iria expor que a amava, no momento em que ele reaprendia a confiar.
Antes de levar o fora, o homem dá o fora em si.
Tudo foi brincadeira, o homem vai esclarecer, o homem vai se arrepender, o homem vai disfarçar para se proteger, para não se diminuir, fechará a mão com o alpiste dentro, com a carta latejando dentro e ninguém mais decifrará a sua letra.
Fracassará mais uma vez em sua esperança.
Ficará mais uma vez com sua reputação.
Ele aceitará o riso a contragosto, voltará atrás como quem é flagrado roubando a mãe.
Ela dirá: ainda bem.
Ele dirá: não tinha como ser verdade.
Ela vai confessar que levou um susto.
Ele pedirá desculpa pelo mal-entendido.
Ela vai suspirar de alívio com o engano.
Ele vai fingir que não pensava diferente.
Ela vai afirmar que só o enxerga como amigo.
Isso vai doer nele, vai doer nele não ser o homem certo para ela e tentará não mostrar que está sangrando.
Seguirá caminhando com a cabeça erguida até o fim da cicatriz, até que o joelho de sua boca canse de sangrar o mesmo sangue.
Tudo foi brincadeira porque ela zombou da possibilidade do amor e ele se acovardou e calçou novamente os sapatos e se viu nu enquanto ela ia e recolheu os cabelos que cresciam de seus cílios.
Tudo foi brincadeira, o pescoço de hortelã, as infâncias sentadas no portão de ferro controlando a cor dos carros, a fome esquecida para ficar mais tempo juntos.
Tudo foi brincadeira, as confissões, a cumplicidade, a intimidade.
O período em que fiavam seus segredos, que se confessaram como nunca antes, que se planejaram como noivos, que se abriram como amantes.
Tudo foi brincadeira, tudo será sempre uma brincadeira sádica, uma brincadeira cruel, quando apenas um dos dois estiver amando.

Texto extraído do livro: Canalha! Fabrício Carpinejar
Lindo livro, lindas crônicas.
Dica antiga de uma amiga distante e que prometeu me dar este livro mas... demorou tanto que comprei né?! ¬¬

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Teatro dos Lucas

“Sempre precisei de um pouco de atenção...”

Começa assim uma das minhas músicas favoritas de uma das minhas bandas favoritas. E começam assim alguns pensamentos meus. Escassos, confesso que estes estão se tornando. Tenho conseguido agradar meus dias, tardes e noites com momentos bem diferenciados. Sozinho, com meus irmãos ou entre amigos, velhos e novos. O pensamento muda e aprendo que o tempo passa e não volta. Aos poucos aceito e projeto um futuro melhor nos próximos minutos.
Na certeza de que terei dúvidas novas ao acordar, vou dormir tranqüilo incerto de que terei resposta pra essas dúvidas, mas certo de que sou capaz de seguir tranqüilo. Levando a vida tranqüilo. Sem medo da morte , sem medo do mundo... (Acho que isso dá música... RS)

Que assim seja!

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Agora acabou


Se eu peco mais
É por me sentir livre como um sol
Me arde, mas esquento assim o mesmo lençol



Aprendi que o pra sempre nunca é eterno
E que o inverno é uma estação comum
Sorrisos brotam por trás da máscara de ferro
Espero e esmero pra não ser tão só mais um

E se o desfecho da história tardar em chegar
Enrola o enredo e faz do conto um romance
Escrevo páginas, páginas e tenho páginas a apagar
Não jogo tudo fora, reconstruo o agora
Será melhor do que o antes


Se eu perco mais
Me vejo assim: num lago, um anzol
Não me encontro mais
E o que senti acaba em sol bemol

O som das cordas traz sempre uma motivação
Motiva a ação de melhorar um coração
Focar em toda certeza que me faz crer
Fé que nos move e nos faz crescer

E se o desfecho da história tardar em chegar
Enrola o enredo e faz do conto um romance
Escrevo páginas, páginas e tenho páginas a apagar
Não jogo tudo fora, reconstruo o agora
Será melhor do que o antes

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Reconstruir



Manter calado o que se grita aos quatro ventos. Vontade de deixar meu sentimento ao relento, pois nenhum dos quatro ventos é confiável. Não o suficiente pra opinar algo palpável. Na verdade, eu é quem tenho que findar minha trilha, ser o último a apagar a luz, talvez voltar a minha antiga matilha. Na verdade, eu quero é voltar atrás... e tentar, tentar, tentar e tentar mais umas vezes. Sei que vou me machucar... mas os sorrisos... Sei que vou me machucar... mas esses olhos... Sei que já to machucado, mas foi tudo tão bom. Tudo tão real, tudo sempre ao alcance das mãos. Mesmo à quilômetros de distância, até hoje posso sentir sua presença.
Meu desejo era ter aquela máquina dos homens de preto, que apaga a memória das pessoas e permite remodelar sua vida. Usaria comigo mesmo. Não pra esquecer, o que eu queria na verdade, era sumir com isso tudo e me permitir passar por tudo novamente. Desde aquele cookie que eu não comi.
Sei lá, só precisava falar um pouco. Talvez não mude nada. Eu quero que mude. Talvez até com força demais. Quebrei promessas feitas frente ao espelho. Que se dane, o orgulho já foi ao chão e voltou. Sempre digo que não quero muita coisa, que quero algo simples. Aprendi que é simples pra mim, complexo pros demais. Hora de reconstruir isso aqui. Varrer a poeira pra fora de casa e arrumar meu quarto. Com a poeira vai embora todo esse sentimento ruim. E do meu quarto, não quero que saia nada. Mesmo que tirem tudo, só as paredes já me traram lembranças tão boas que sou capaz de limpar minha alma.
Desejo com todas as forças. Você sabe o que.