quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Ô vidinha de por quês...rs

Por que sou igual aos outros se posso ser eu mesma e conquistar um mundo de sonhos com versos e palavras?
Mas por que ser diferente, dando as costas pro mundo que me faz ser quem sou agora?
O momento é importante, o destino é nosso mas por quê as coisas às vezes dão errado?
Por que deixar o orgulho oprimir a paixão e apagar a chama do amor?
Por que me servir de solidão se os sentimentos e a realidade batem a minha porta constantemente?
E me perco e não sei por quê?
As pessoas gostam de mim mais por quê me sinto solitária?
meus versos estão sem alma e meu coração ja não palpita mais com aquela emoção de antes.
Os por ques em meu pensamento acabam por me deixar confusa, saio pelas ruas caminhando me procurando mas a cada passo eu fico mais distante de quem eu realmente sou.
Eu me perco em mil perguntas sem respostas e me vejo escrevendo certos versos como se fosse o meu diário onde só eu entendo. E cada frase taz uma lembrança, cada lembrança um sentimento que se aproxima da mulher que sou.
Por que a gente envelhece?
Vive a vida num segundo e quando percebe vê que o tempo passou e ninguém viu?!
Louca essa minha vida cheia de por quês e de poucas respostas que anseio em encontrar dia após dia.
Será que eu vim pra mudar o mundo?rs
Não, claro que não!
Prefiro me considerar uma comediante num palco que faz todos sorrirem, traz paz de espírito me faz estar bem com as pessoas e me faz sentir mais perto de mim.
Por que sou assim?
Os "por quês e os poréns" confundem minha cabeça mais eu acredito que meu coração sempre me guiará nas escolhas certas e eu irei encontrar minhas respostas pelos caminhos que me aventurar a percorrer, pois eu arriscarei me presentear com o melhor sempre.

Física de nós

Tem nome é a maior constante do meu pensamento e está presente em cada pulsação de minha mente.
Tua voz ecoa por entre os meios do meu coração e meu amor ascendeu, superando as leis da gravidade, que nos prende a cruel realidade da distância.
Tua doce lembrança se repete em minha memória como um pêndulo que se balança no infinito num indo e vindo que não permite esquecer-te.
Teu corpo se projeta sobre minha alma e, na soma de nossos vetores nos tornamos um, sinto tua falta, ausência de nossos momentos, tenho saudade inclusive de nossos pequenos atritos, tão tolos, tão bobos, por simples teimosia mais que deixaram um gosto de quero mais.
Eu acho que me prendi na inércia da minha vida e com teu adeus tudo se torna diferente, tornamos rumos opostos, sinais que se confrontam sem chance de sermos atraídos por isso...

Metafísica da minha moda!

Tudo que te rodeia e te serve aumenta a fascinação, o segredo.
Teu véu se interpõe entre ti e teu corpo.
É a grade do meu cárcere.
Tuas luvas macias ao tato, fazem crescer a nostalgia das mãos,
que não receberam aquele anel no altar.
É uma desforra sobre a natureza.
Minhas jóias, meus perfumes e meus anseios, são necessários a ti e a ordem do mundo,
assim como o pão ao faminto...

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Depressivos são felizes!



Eu tenho depressão aguda!
Tô triste e não preciso da tua ajuda
Não to com dor de corno
e nem perdi ninguém
Só quero estar triste, por mim e por mais ninguém

É bom estar triste
ou... "fazer cú doce", viste?
Aparece uma porrada de gente
e eu fingindo dor de dente
consigo mais atenção que um mural
e digo foda-se pra minha moral

Depressivos são felizes assim!
Bem ou mal, replay, tim-tim por tim-tim
Que rima podre!
Não sei fazer nada mesmo
Não sou nada! Nem ninguém!
Não perdi nada! Nem ninguém!
Só quero ser triste!
Não gostou?!
Procure-me em outrem!!!



kkkkkk
foi ridículo isso! Admito, mas foi o que saiu na hora do intervalo da aula de Matemática financeira!


Um abraço pra quem tá lendo!
Obrigado pela visita!

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Dá licença, mas preciso fazer um jabá! rs




Ae cambada!
1° show da Plutão não é + planeta!!! uhuulll!
"Vamo que vamo!!!"

terça-feira, 26 de agosto de 2008

APRENDIZADO!

Hoje desaprendi a escrever,
Desaprendi a rezar a dar nó do cadarço do tênis.
Na rua, falo a estranhos ofegantes que desaprendi a ter vergonha.
Desaprendi o tamanho do mar, mergulho de cabeça e desaprendo o mundo.
Desde o homem com o rei na barriga, até o mendigo que ri no asfalto.
Desaprendo a todos,
Seus olhos, suas mãos e seus sobrenomes.
Desaprendo o gosto amargo da fumaça dos carros,
o doce do pudim de leite e até o sal do suor que foge pra boca.
Comigo trago livros, muitos livros, livros tristes
e sentada na beira da minha cama,
com a luz apagada
Posso constatar que assim;
Eu aprendo a chorar de alegria.

Primeiro texto!

Imaturamente


Em um dia qualquer, um dia desses repletos de carnificina e torturas, um dia em que ainda estaremos nos humilhando para conseguir um pouco de respeito, nesse dia nos revoltaremos e essa humilhação vai acabar.
Coitados de nós seres humanos!
Sempre tão ocupados com tudo, tão preocupados com qualquer coisa; nem percebemos o quão fúteis estamos nos tornando.
Tudo tão bonito, perdido...
É tarde pra voltar atrás. O sacrifício está feito. Os espíritos das almas perdidas nos atormentarão pra sempre. Mesmo se desistirmos de lutar e levantarmos a bandeira branca, estaremos sempre lutando.
Hoje,
Me chamou por 3 vezes minha consciência mais eu também só atendi quando precisei.
Agora estou perdida em alguma inconsciência minha, em alguma inconsequência minha.
Minha imaturidade me prejudicou.
É tão triste querer algo que não se pode ter.
Eu queria ter paz,
Eu queria ser imortal a
Eu queria ser completamente normal.
Mais não posso;
Então,
Rezo por alguém que está no corredor da morte,
Rezo por alguém que necessita de um pouco de sorte.
E por enquanto é só!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Na foto?! Pearl Jam!!! FODA!!!


Cantar. Me expressar através de canções é tudo o que eu mais quero.
Quem me dera poder viver de música...
Beber música, comer música, gozar música... e até mesmo... cagar música!
(Impressionante como uma simples palavra pode destruir um verso... rsrs - neto, essa foi pra ti! rs)
Hoje, vivo na expectativa pelo próximo ensaio e pelos próximos shows. Isso é meu zahir atualmente. Tudo que eu faço, faço pensando em música. Cada segundo dos meus dias passam mais lentos quando penso no meu momento com os agudos, graves, distorções e a maldita microfonia. Talvez seja por ansiedade, mas por tédio nunca.
Não sou muito de falr de morte, mas na hora da minha, quero estar tocando! Nem que seja soprando um apito, mas que seja no meio dos meus amigos, diga-se de passagem.
Durante os momentos com o violão e a guitarra, principalmente quando sozinho em meu quarto, tudo some.
Naqueles momentos, só eu penso em... nada... e tudo, ao mesmo tempo. Confesso que fico emocionado. Não, não é viadagem seus escrotos.

"e o mundo é perfeito"

Foi mal, mas a frase encaixou-se exatamente como eu precisava! Como Anitelli disse: "sonho parece verdade quando a gente esquece de acordar..."
As vezes fecho os olhos e me vejo tocando num palco, com meus amigos, em cima do palco e também na platéia e aí... ah... o mundo é perfeito!

Cada letra representa uma fase, momento, pessoa ou sentimento em minha vida. E cada nota de cada música que acompanham as letras me lembram objetos, gestos, lágrimas, mas os sorrisos prevalecem.

Ao meu pai e ao meu irmão... um espelho
Para minha mãe... um all star
Para minha irmã... um tal de tião
Para meus irmãos... as trilhas que embalam a galera em torno de uma torta americana de maçã!
Aos meus amigos... "palavras repetidas, mas quais são as palavras que nunca são ditas?!"

E para mim... guardo todas!!!

domingo, 17 de agosto de 2008

O que quero entender


Certa vez...
Um mamute, ainda filhote, observou os outros de sua manada em suas diversas atividades.
Alguns ficavam sempre próximos, uns aos outros, ajudando e recebendo ajuda. Outros, preferiam o silêncio e a solidão.
Estes que ficavam sozinhos, eram taxados de excluídos sociais. Ninguém os entendia muito bem, pareciam revoltados com a presença de muitas pessoas por perto. Só gostavam de chegar perto de quem necessitava de ajuda. Não digo ajuda em arrastar um tronco de árvore por exemplo. Ajudavam somente, aqueles que precisavam de um ombro amigo, mas estes, deveriam estar sozinhos também.
Relacionar-se? Somente com um de cada vez e isso ocorria somente de tempos em tempos, pois as vezes até mesmo o líder da manada precisava de palavras daqueles que eram ditos "revoltados".

Um dia, o filhote resolveu se aproximar de um destes "revoltados".
Inexplicávelmente, foi permitida pelo sujeito sua presença ao seu lado desde que, ficasse em silêncio e só falasse quando pergunta-se algo, o que não ocorreu por todas aquelas longas horas que passaram ali, observando os campos apenas, sem trocar palavras.
Vez ou outra, trocavam olhares e sorriam com o canto da boca, bem discretamente, no que parecia uma conversa telepática.
Quando já estava anoitecendo, voltou para o aconchego do quentinho das patas de sua mãe e adormeceu.
No dia seguinte, tornou a presença do agora poderia considerar um amigo.
Os dois fitavam diariamente o céu e notavam as voltas que os campos davam em torno da grande bola de fogo, que sempre percorria aquele campo azul que ficava fora do alcance de suas trombas.
Anos passaram-se e, cada vez mais que o tempo passava, mais tempo os dois passavam na compania um do outro.
A manada começou a se incomodar com aquilo e num ato "desmamuteano", expulsou violentamente o mamute "revoltado", que começava a fazer escola tendo como seu primeiro aluno, o filhote em questão.
Desde o dia da partida do amigo, o agora quase adulto mamute, não pronunciou uma palavra sequer com o resto da manada.
Novamente anos se passaram e pouco a pouco, voltou ao convívio dos outros, mas nunca ninguém sabia o que realmente se passava dentro da cabeça dele.

Cada vez que se enquadrava novamente no grupo, mais sentia-se preso aos seus pensamentos e cada vez fechava-se mais, falando somente o necessário.
Afundado em sua própria prisão, fugiu.

Andou sem rumo por algum tempo que não foi interessante contar, visto que não sabia pra onde ia e o que ia fazer.
Andou até chegar a beira de um penhasco. A vista dali era incrivelmente linda. Um grande vale estendia-se aos seus pés e a bola de fogo estava cortada no meio no horizonte.
Guardava aquele quadro na memória, quando notou que ao seu lado, parou um pequeno ser.
Sem pêlos, andava sobre duas patas, tinha dedos articulares e o que milhões de anos a frente viriam a chamar de, polegar opositor.
A pequena criatura sentou-se ao seu lado abraçando as pernas ficando parecido com uma bola. O queixo, estava encostado nos joelhos e seu olhar parecia tão perdido quanto o dele mesmo.

Inevitavelmente, lembrou-se do seu antigo amigo e sorriu novamente com o canto da boca.
Olhou para o que chamou de homem e este também olhava em sua direção.
Apesar das diferenças entre as duas espécies, apesar das vidas diferentes, apesar dos quilômetros que os separavam, apesar das alegrias, medos, angústias... eram praticamente iguais em sua essência, o que proporcionou novamente uma conversa sem palavras. Talvez a mais longa já vista.

Não se sabe quantos dias ficaram ali, olhando para o vale, sem trocar uma palavra sequer.
Não se sabe pra onde foi o mamute, muito menos, como aquele jovem garoto se tranformou num homem.
Mas o que mais intriga a pequena tribo, é o fato do, agora homem, parar de tempos em tempos em frente ao penhasco e chorar descontroladamente, sorrir, gritar até perder a voz e parecer extremamente desesperado, mas inexplicávelmente voltar ao convívio com as idéias cada vez mais claras, como se fosse outra pessoa.

Todos tentavam entendê-lo, mas nunca ninguém entenderá que aquele choro, aqueles gritos e aqueles sorrisos, eram apenas a conversa dele com seu velho amigo mamute, que do outro lado do vale, gritava, sorria, chorava até afogar-se em lágrimas, ao ver seu amigo.
Não estavam tristes, não estavam desesperados, apenas conversavam.
Palavras?! Não, a via não permitia troca de palavras, mas somente de sentimentos.

Seja lá qual for o destino dos dois, nunca haverá outra conversa como aquela.
O que foi isso?! Esteja livre pra pensar o que quiser.
Para mim tem um significado e para você que está lendo pode ter outro completamente diferente.
Mas o que vale é que alguém terá uma visão quase idêntica a minha deste texto, igual nunca, mas os sentimentos serão os mesmos.

Obrigado por ler até aqui.
Sinta-se abraçado(a).

Meus gritos, são por você e para você.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Capítulo I

Nova proposta...

Em algum lugar da Polônia, 4 de julho de 2005.
Ele abre os olhos assustado procurando identificar o local e entender o que aconteceu depois de seu súbito desmaio há cerca de... na verdade, não sabe a quanto tempo está nesta situação. Só sabe que está livre de amarras ao menos, mas a penumbra no ambiente não deixa as coisas claras o bastante pra definir formas, tamanhos e principalmente se há outros no mesmo ambiente.
Encontra apoio para ambas as mãos e consegue erguer o tronco cautelosamente, mas logo percebe que está no chão e este, está muito frio. Seu corpo nu aceita o frio sem muitos problemas a ponto de causar certa estranheza pois da sua boca, pequenas nuvens de fumaça se esvaem de acordo com sua respiração acelerada.
Tateando o solo, busca algo para se proteger. Seu instinto militar indica que esta é sua necessidade vital no momento, antes mesmo de procurar vestimentas. Aos poucos, com as mãos consegue encontrar uma pequena mureta onde ele pode se apoiar para levantar.
Segue tateando a parede até encontrar um interruptor. Acende. A luz ofusca seus olhos e fica quase cego por alguns segundos, reconhecendo aos poucos o ambiente como uma espécie de laboratório. Reconhece o lugar onde estava deitado e para seu espanto, nota a presença de mais 4 indivíduos na mesma situação em que antes se encontrava, nus e inconscientes. Se esgueira até onde seu corpo estava e encontra uma pequena mochila. Dentro, um passaporte, 10.000,00 dólares, 10.000,00 euros, uma pistola automática 9 mm, um punhal e uma agenda contendo diversos telefones e endereços em diversas cidades em diversos países.
Rapidamente folheia o passaporte para relembrar seu nome, Canish Cotter...
Examina mochilas dos outros indivíduos e nota os mesmo itens para cada um.deles.
Ouve um som de um helicóptero se aproximando e rapidamente se abaixa e encosta na parede a procura de alguma porta, escotilha ou janela para tentar se localizar. No centro do ambiente, há uma escotilha no teto. Canish arrasta um pequeno armário e sobe para ter acesso a escotilha. Através de uma pequena janela da escotilha, ele vê o rosto da doce dama com quem estava jantando momentos antes do desmaio. Ela olha pra ele e dá um sorriso acenando. Canish lê os seus lábios dizendo “-Bye bye baby” e logo em seguida, joga um beijo e fecha a janela.
Canish Reúne suas forças e tenta abrir a escotilha, mas uma dor horrível o faz parar logo após notar suas mãos sujas de sangue. A alavanca que tranca a escotilha por dentro, é repleta de espinhos bem pequeninos.
Passos acima dele entregam movimentação de diversas pessoas. Após alguns instantes nenhum passo mais é ouvido e o local começa a tremer como se estivesse saindo do chão!
Ao que parece, o helicóptero está levantando o “laboratório”.
Com o balançar ele acaba caindo deitado no chão. Vira para o lado e dá de cara com outro par de olhos há menos de meio metro dos seus.
Suas mãos ainda doem mas os cortes parecem estar curando numa velocidade espantosa.
O que aconteceu?!
Quem são essas pessoas?!
Onde ele está?!
Pra onde está indo?!
Um turbilhão de perguntas invadem sua mente mas a principal questão é... o que fazer com o dono dos olhos agora abertos?

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Gestos, objetos e sentidos

Esse post vai em especial prum povo de uma cidadade apelidada de "Cidade do aço". Será que tem uma siderúrgica lá?! Não sei! Acho que uma fábrica de pneus! rsrs


Enfim... começo agradecendo novamente ao Coroa Barbudo lá de cima que coloca na minha vida umas pessoas assim fora do comum. E essas pessoas me apresentam outras e outras e outras...


No fim, sou amigo do mundo e o mundo é meu amigo! ^^




Vamos ao que interessa...






Frio
Um copo
Gelado
Um corpo
molhado
E quente
a boca
me beija
sedenta
e aberta
a porta
se fecha
sensação
de quase morta
e entorta
e geme
a viola
uma música
pra ela
que senta
e amarra
meu tênis
e levanta
e beija
a foto
o passaporte
e viaja
e foge
pra longe
pensamentos
os meus
buscam
a presença
e ela
existe?
em sonho
a noite
Paris
Amsterdã
Londres
Big Ben
Na hora
Acorda!
Trabalha!
Estuda!
E Passa!
E forma!
Amassa!
E tira
E toca
E toca
E toca...
Ahh...Orgasmo
E Realiza
Um Sonho
Um Palco
Uma Música
E volta
Num ônibus
A bala
E chupa
A boca
A Saudade
Daquela
A Música
Pra ela
Que deita
E beija
Se entrega
E Entrega
A água
Num copo
Gelado
Sobre um corpo suado...

terça-feira, 24 de junho de 2008

Porque Escreves Descuidadamente?


Quem escreve descuidadamente faz, antes de mais, a confissão de que não dá grande valor aos seus pensamentos. Porque o entusiasmo que inspira a persistente resistência necessária para descobrir a forma mais clara, mais eficaz e mais atraente de expressar os nossos pensamentos é gerada simplesmente pela convicção do seu peso e da sua verdade - tal como só utilizamos escrínios de prata ou de ouro para as coisas sagradas ou obras de arte de valor incalculável. Poucos escrevem da mesma forma que um arquitecto constrói, traçando antecipadamente um plano e pensando-o até aos mais ínfimos pormenores. A maioria escreve como joga dominó: as frases ligam-se entre si como as peças de dominó, uma a uma, em parte deliberadamente, em parte por acaso.

Arthur Schopenhauer, in 'Aforismos'

sexta-feira, 20 de junho de 2008

A queda! (Não a de Hittler, mas a minha mesmo)



Ahhh como o amor adolescente é bonito!
Ainda mais quando tem aquela pitada de inocência (o que é raro hoje em dia)

Pois bem...
Nunca fui um cara "pegador", como dizem por aí. Mas sempre tive muitos amigos e amigas. Sempre saímos juntos e sempre nos divertimos.

Numa tentativa desesperada de conquistar a menina que eu gostava na época, esquematizei um lual com os meus amigos numa cidade praiana onde parentes tem casa...
Todos estávamos empolgados e meus amigos torciam por mim! rs
E o lual? como foi?!
UMA MERDA! rs
Eu não sabia tocar violão direito, daí não sabia mais que umas 15 ou 20 músicas bem pela metade! A galera tentou ajudar mas a menina acabou foi dormindo com a minha apresentação...
Resolvemos ir a uma boate pra tentar salvar a noite.
Até que foi legal isso! Curtimos um cado juntos e ela voltou a se animar.
Rolou até uma troca de olhares mas... um dos meus amigos bebeu um pouco além da conta e tivemos que voltar pra casa. E eu com a menina... naaaada.

No dia seguinte, uma última tentativa que até foi por iniciativa dela.
Saiu com minha prima e disse que aguardaria eu e um dos meus amigos na praça pra dar um passeio de bicicleta comigo. Fiquei suuuuuper empolgado!

Emprestei minha bicicleta ao meu amigo e fui na do meu primo, que era mais velhinha.
Antes de chegar a praça fiz um monte de papagaiadas de bicileta... pulei rampas... empinei... dei cavalo de pau... peguei corrimão e tudo o mais.

Mas, quando me dirigia a praça... na ânsia de chegar mais rápido, pedalei com toda a força e pra pegar mais pressão, comecei a pedalar de pé!
Eis então, que meu pé esquerdo escorregou do pedal e foi direto ao chão, formando quase que um freio utilizado pelo Fred Flinstone. O que me jogou ao chão, me fazendo rolar váááárias vezes, tipo aqueles tombos de moto GP.
Meu amigo ficou gargalhando ao invés de me ajudar! Filho da mãe!
Quando levantei, minha roupa estava em frangalhos e a bicicleta toda torta, além do sangue em várias partes do corpo.

Depois de mandar meu amigo a todos os lugares possíveis e impossíveis, continuamos o caminho até a praça, pra avisar as meninas sobre o ocorrido e voltar pra casa, pra tratar dos ferimentos.

Enquanto a gente se aproximava, elas abriam lindos sorrisos como, por azar dessa vez, nenhuma outra mulher sorriu ao menos pra mim desse jeito! Rs

Quando chegamos perto, elas viram a roupa rasgada... os ferimentos e o sangue...
Chegaram a ensaiar um enjôo.
Mais sem graça do que nunca... pedi desculpas por estar daquele jeito e avisei que estava indo pra casa, cuidar dos curativos.

Quando cheguei a casa dos meus parentes, o restante da turma aguardava com expectativa! Então... me viram todo ensangüentado. E o que fizeram?!?!
Como bons amigos... caíram na gargalhada! Rsrs

Fui tratado por minhas tias e voltei pra casa todo enrolado de esparadrapo, parecia uma múmia!

Ou seja... meu fim de semana foi divertido... para os meus amigos! Rs
Pra mim foi trágico e não consegui ficar com a menina.
Nunca mais tive outra chance com ela.
Qualquer pessoa que me conhece, sabe dessa história e cai na gargalhada!

Estive na fuligem, como em muitas outras vezes! Rs

Um abraço a todos e até a próxima!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Escrevi!


Incrível como as sensações tomam conta da gente, dominando cada passo que a gente dá!
Não sei se com você é assim, mas comigo é. Num dia eu to feliz, no outro, depressivo, no seguinte, esperançoso, no outro, incrédulo, e por aí vai!
Semana passada eu recebi um boom de sensações diferentes que acho nunca ter experimentado antes!
Mas os sentimentos que mais marcaram nessa semana foram o de amor e desamor...
Uns me fizeram amá-los cada vez mais, enquanto outros, cada vez menos.
Está chegando o momento da arrebatação como dizem os evangélicos! Rs
Hoje minha vida ta mudando como todos os outros dias. Pela primeira vez acordei num dia 16 de junho de 2008 e talvez pela última vez vou sair para trabalhar.
Não, não vou pedir demissão e nem penso em me suicidar.
Cabe a você decidir se estou sendo otimista ou realista.

Seria realista se falasse agora sobre os perigos que passo quando venho ao trabalho.
Logo de cara poderia embolar um pé no outro e ir ao chão e um carro passar por cima me deixando, na melhor das hipóteses, paraplégico! (coisa horrível! rs)

Mas seria otimista se falasse que comprei um bilhete da mega sena e ganhei o concurso ficando milionário e mandando meus patrões a merda! Rsrs
Uma pergunta para aqueles que dominam a língua... quando eu mando alguém a merda, escrevo com crase ou sem crase?!

Enfim, sempre há dois caminhos a escolher: otimismo ou realismo.
Nós escolhemos.
Hoje estou otimista para alguns e realista para outros, depende da abordagem da pessoa.
Portanto, venha com carinho se quiser carinho! ^^

Pois você sabe como sou! Se sou bom, sou bom, mas se sou ruim... ah, não sei ser ruim não! Mesmo sendo ruim acabo sendo bonzinho também!

Finalizando o post de hoje,
Queria agradecer a Papai do Céu pela minha vida e desejar felicidades em especial para minha amiga Fernanda, que é mamãe agora! ^^

Beijos a todos.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Revolucionário apaixonado !!!






A história do homem sofre mudanças relevantes através da grandes revoluções. Sejam os operários lutando pelos seus direitos ou o mundo evoluindo para uma nova era da tecnologia, o homem sempre espera chegar ao seu limite para agir, tanto que as mudanças não são tão graduais e sim através das grandes revoluções.
Saindo da visão macro e aproximando nossa visão a vida de cada indivíduo, podemos perceber que nossas vidas mudam da mesma forma que a história do homem. Embora alguns consigam mudar gradativamente, grande parte das pessoas, grupo onde eu me incluo, espera chegar ao seu limite para ter a certeza de que é necessária uma nova revolução em suas vidas.
Destino?
Simples escolhas?
Individualismo?

Não tenho as respostas para essas simples palavras-perguntas. Só tenho repostas para perguntas baseadas em fatos que ocorreram e eu já tive tempo para analisar o ocorrido, afinal, não sou nenhum grande Guru ou oráculo.
Preciso de meus grandes oráculos para conseguir achar as respostas da vida. Agradeço a cada dia que me levanto e tenho a certeza de que eles estão e sempre estarão comigo. A partir do momento em que estes não estiverem mais presentes em sua forma física, estarão comigo dentro da minha mente, me acalmando e me ajudando a tomar minhas decisões. Desde uma simples escolha pela cor de uma roupa, até a decisão da carreira a seguir depois da escola, eles sempre estão dentro da minha mente e me ajudam a clarear as idéias e seguir em algumas vezes, não pelo caminho certo, mas nunca pelo caminho sofrido.
Se um dia meus oráculos faltarem, sentirei muita falta. Vou chorar, me desesperar, ficar deprimido. Mas existe um grupo de staff que não deixará minha bola cair. Tenho pessoas que me cercam que estão tornando-se oráculos na mesma turma que eu. Juntos, estamos na fase de estagiar e prestar alguns serviços uns aos outros para ter a certeza de que aprendemos a lição corretamente.
Acho que não preciso falar o que a palavra oráculo significa pra mim, mas isso eu faço questão de deixar bem claro.
Não consigo viver sem minha família. Todos, sem tirar nenhum, são as pessoas mais importantes e influentes em minha vida!
Faço questão também de falar algumas coisas que sinto sobre eles...
Começando pelas duas pessoas que juntas, formam o meu porto seguro. Meus pais. Admiro, amo, respeito, confio, idolatro e grito com todas as forças que estes são meus grandes amores. E que juntos de meu irmão, formam a minha base. Sem eles, eu não... não sei o que pode acontecer.
Não tenho primos...
Estranho ler isso? Mas é verdade!
O que chamam de primos, eu chamo de irmãos... Como há poucos dias citei a uma irmã, o que consideram de meus primos, são meus irmão, só que nasceram das barrigas das minhas outras mães! Só isso! Nos completamos. Cada um com sua personalidade, mas em ocasiões onde ficamos anestesiados pela confiança, respeito e amor que sentimos uns pelos outros, formamos um grupo que nada pode abalar.
Individualmente, podemos até ser atingidos por forças “extra-oraculares” (risos), mas sempre tomamos a mesma atitude de voltar nosso pensamento para nosso grupo e conseguir reagir. As vezes não deixamos isso claro... Mas sabemos quando um ou outro precisam de nosso conforto.
Amo intensamente todos os meus irmãos. Amo intensamente todas as minhas mães emprestadas, amo e idolatro mais que intensamente o meu pai.
Graças a estes, revoluciono minha vida para evoluir sempre. Sempre busco o melhor pra mim e para os que me cercam. Posso demorar um “cado” para tomar uma atitude... rs
Mas uma hora ou outra eu faço o que é melhor para mim.
Grandes companheiros revolucionários ficam pelo caminho, sem conseguirmos encontrar uma explicação lógica para isso. Mas estes sempre estarão conosco também, as vezes por perto, outras vezes em boas recordações.
Nunca serão esquecidos aqueles que lutaram pela minha causa. Nunca...

Volto ao meu reduto e tento me recompor aos poucos após mais uma grande revolução. Meu porto seguro me acolhe e junto com todos os outros que me cercam, não me ajudam a levantar, mas fazem algo mais importante, não me deixam cair para que não sofra na queda.

Obrigada por não me deixarem cair nunca.
Por vocês eu vivo e por vocês vencerei na vida.
Seja nos palcos ou assinando o contrato do meu próprio negócio, luto para dar cada vez mais felicidades a vocês.
Espero estar alcançando meu resultado.

Que aquela sensação das viradas de ano que passamos juntos nunca cesse.

Amo todos vocês.

Eternamente grato,
Lucas Freitas.

domingo, 23 de março de 2008

A Matilha


É muito raro, mas de tempos em tempos um lobo solitário, vagando por seu caminho, encontra outro lobo com esse mesmo Status. As afinidades vêm a tona muito mais rápido que os pensamentos vem a cabeça e aí, surge uma amizade. Essa amizade não pode ser abalada por nada! Nem por forças terrenas ou divinas o sentimento fraterno entre um e outro diminui. Mas instinto, é algo com que os lobos não podem lutar. Assim como os felinos aprendem a caçar por instinto, ou um bebê que reconhece a mãe quando aconchegado em seu colo pela primeira vez, o lobo solitário sente a necessidade de voltar a ser “sozinho” e diante de todas as afinidades como seu quase-irmão, surgem nano-diferenças, que com o passar do tempo, tomam dimensões gigantescas e antes do grande embate, cada um vai para um lado.

Sem brigas, discussões ou desavenças.

Infelizmente, nada é perfeito. Com o tempo de distância, surgem fatos não conhecidos durante os bons tempos que acabam magoando o lobo. Mágoas surgem. Até mesmo lágrimas podem escorrer pelo focinho do lobo. Mas nunca, em tempo algum, a memória do lobo se apaga. E apesar de aparentar ser um espécime frio e sem sentimentos, em certos momentos, lembra-se dos bons momentos em que compartilhou a sua vida com seu quase-irmão. Lembra-se também, de que talvez não fosse um só lobo que o encontrou ao longo desse tempo. Em certas ocasiões, acompanhado de seu amigo, encontrou vários outros lobos solitários, cada um com seu cada um, e mesmo assim, com todas as diferenças possíveis, estes formaram uma matilha dessas que a gente vê no Discovery Channel, trabalhando pelo bem estar do grupo, sem ao menos perceber o bem que estavam fazendo um ao outro.

A partir de um momento, a convivência torna-se tão difícil por conta de inúmeras pequenas diferenças, que a matilha separa-se e cada um segue seu rumo, como os dois lobos citados anteriormente.

De tempos em tempos alguns deles encontram-se. Em alguns dos casos o encontro é saudável para ambas as partes. Relembram-se dos tempos de matilha, compartilham novos acontecimentos em suas vidas e, as vezes, sentimentos que só sentem-se a vontade para demonstrarem entre os seus.

A partida é dolorosa, mas faz-se necessária.

E assim a vida segue com encontros e desencontros, mas em momento algum, o lobo solitário esquecerá de sua matilha e dos bons tempos vividos junto a ela.

Sinto falta de minha matilha.

Nas noites em que posso contemplar a lua, uivo para relembrar a matilha.

Um uivo a vocês que fizeram parte de minha matilha.

Até o próximo encontro.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O lixo - Luis Fernando Verissimo

Com vocês... um dos grandes mestres da literatura brasileira...



Encontraram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
— Bom-dia.
— Bom-dia.
— A senhora é do 610.
— E o senhor do 612.
— É...
— Eu ainda não o conhecia pessoalmente...
— Pois é...
— Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
— O meu o quê?
— O seu lixo.
— Ah...
— Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
— Na verdade sou só eu.
— Mmmm. Notei também que o senhor usa muita comida em lata.
— É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
— Entendo.
— A senhora também...
— Me chame de você.
— Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
— É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
— A senhora... Você não tem família?
— Tenho, mas não aqui.
— No Espírito Santo.
— Como é que você sabe?
— Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
— É. Mamãe escreve todas as semanas.
— Ela é professora?
— Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
— Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
— O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
— Pois e...
— No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
— É.
— Más notícias?
— Meu pai. Morreu.
— Sinto muito.
— Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
— Foi por isso que você recomeçou a fumar?
— Como é que você sabe?
— De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
— É verdade. Mas consegui parar outra vez.
— Eu, graças a Deus, nunca fumei.
— Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo.
— Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
— Você brigou com o namorado, certo?
— Isso você também descobriu no lixo?
— Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
— É, chorei bastante. Mas já passou.
— Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
— É que eu estou com um pouco de coriza.
— Ah.
— Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
— É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
— Namorada?
— Não.
— Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
— Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
— Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
— Você já está analisando o meu lixo!
— Não posso negar que o seu lixo me interessou.
— Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
— Não! Você viu meus poemas?
— Vi e gostei muito.
— Mas são muito ruins!
— Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
— Se eu soubesse que você ia ler...
— Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
— Acho que não. Lixo é domínio público.
— Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
— Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
— Ontem, no seu lixo...
— O quê?
— Me enganei, ou eram cascas de camarão?
— Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
— Eu adoro camarão.
— Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
— Jantar juntos?
— É.
— Não quero dar trabalho.
— Trabalho nenhum.
— Vai sujar a sua cozinha.
— Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
— No seu lixo ou no meu?