terça-feira, 13 de novembro de 2012

Lua













Sou seu, ser seu
Ser sol, ser céu
Ser só um sol não garantiu
Maré não vai, não vem sem ti
Olha pra mim, volta a sorrir

Sou sol, calor, canção, vitral
Feito de cacos, tela surreal
Sou mar, trovão, um completo boçal
Alguém imperfeito, alguém irreal

Eu enquanto mar, você move marés
Mesmo enquanto sol, me rendo a teus pés

Se só você reflete a mim
Não há outra história sem fim
No fim, me vejo leve e volto a sorrir
Repele minha angústia, reflete meu sorrir

Tão nua, lua, frágil cristal
Feita de cacos, tela surreal
Maré, trovão, desejo abissal
Alguém tão sem jeito, alguém tão real

Eu enquanto mar, você move marés
Mesmo enquanto sol, me rendo a teus pés

domingo, 2 de setembro de 2012

espirro

Consigo ficar bem o dia todo. Bastam 5 minutos pra levar minha alegria embora.
Amanhã vou escalar. Espairecer e ver gente nova.
Preciso mudar de ares e pra isso vou subir alguns metros fisicamente falando. Fazer isso tudo sumir. Esse mal estar.
De repente me dei conta que preciso deletar umas 15 pessoas dos meus contatos. Impressionante como isso tá mudando minha vida. Preciso "repor" algumas peças podres. Tem frutas que aparentam saudáveis, mas quando a gente vira do outro lado, tá lá aquela parte ficando podre. Pior que a parte que estava virada pra baixo, entrava em contato com outras frutas, que também estão apodrecendo.
Antes que tenha que jogar fora todo o cesto, devo cortar logo essas podres e descartar.

Querido diário... vou dormir

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Juntos ou não...

Escrevi umas 30 linhas, pressionei shift + home e deletei.
Tudo porque eu iria começar a escrever coisas respondendo a você. E assim nós talvez conversássemos através de postagens em blogs.
E isso daria um bom roteiro ou música. Talvez ainda dê. Quem sabe?

Enfim, acho que chegou a hora de eu correr o risco de te perder de vez.
Tudo em seu tempo. Talvez a gente fique próximo daqui uns tempos. Juntos ou não, somos bons juntos. Estranho isso né? Mas faz sentido.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Revés

Durante uma madrugada qualquer...



Meu peito rasgado em dor e flor inflama
Eu só queria uma chance de me fazer feliz em você
As noites e notas que me assolam me recordam
Nossos corpos se faltam, você me deixou a mercê

E o que eu falei sobre a espera
Me desespera não te despertar
Procura estrelas na janela
E é bobagem, você sabe, não dá pra enxergar
Enxerga o velho, enxerga o gosto, enxerga o desgosto
Sempre disposto a se sacrificar
Um dia aprende que se vive o que se escolhe
Me dá outro gole e vem me deitar

Aprende e me prende em seus braços, sou sua
Seu edredon é o nosso lugar
Aproveita teu corpo, teu colo, teu gozo
Nossas noites nunca vão terminar
Me encanta cantando, me come com os olhos
Sem pudor na hora do jantar
Esquece o que eu disse e volta pro mundo
Tenho que parar de te ligar...

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Vai dar tudo certo

Meio contraditório mas fico feliz em reconhecer que fiz mal a alguém.
Não, não estou feliz por ver a pessoa mal, mas sim por ter essa percepção. E essa percepção está me fazendo respeitar os sentimentos dela e parar pra repensar todos os meus atos. Não quero machucar ninguém. Não quero machucá-la. Quero te ver feliz. Mesmo que seja preciso manter distância por um tempo.
Não por você... Você sabe lidar muito bem com as coisas. Mas por eu mesmo. Meto os pés pelas mãos e não será toda hora que um percevejo vai aparecer na minha vida.
Não vou falar nada "bonito" aqui. Tentarei guardar isso pras músicas. A propósito, fiz uma música que fala de felicidade, você viu? Ouviu? Acho que sim. =)

São tantos pequenos gestos que eu nem me dava conta do que estava fazendo. Lembrar minhas palavras assim... E perceber que mesmo sem querer ferir, eu feri.

Só espero um dia ser perdoado. Por eu mesmo também.
E como aquele velho pensador amigo nosso disse certa vez... "Vai dar tudo certo"

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Whats App

Venho guardando essa letra faz tempo e acho que finalmente consegui terminar de encaixar as coisas. Tanto fora quanto dentro, tudo volta ao seu devido lugar e com a ajuda dos amigos, tenho tranquilidade suficiente pra escrever uma letra alegre, coisa que falta em meu repertório. Escrevo muito sobre tristeza e isso me chateia um pouco. Nada melhor do que lembrar de vocês pra voltar a escrever versos que remetam a alegria. Sim, são simples, mas é o que eu consigo. Vou até aí e tenho orgulho disso. Talvez um dia escreva tão bem quanto meu pai, talvez não. O que importa é que meus amigos, aqueles aos quais dedico essa música, irão entender e eu, mais uma vez ganharei sorrisos sinceros.
Obrigado por tudo meus caros... "Com vocês por perto não me falta nada"





Eu quis cantar pra celebrar
Fazer um brinde à quem acompanha o caminhar
Bom dia todas as manhãs
Boas tardes, comemorações
E as noites que nunca terminam
Sorrisos e novos bordões
A casa em silêncio ao ver o sol entrar
Café da manhã vira mesa de bar
E as despedidas sem vontade
Nosso canto lá no Cafubá

Vejo sorrisos em rostos familiares, sorrisos singulares
Até que vejo o quanto a vida me deu pra estar, presente
E tão perto de vocês

Notas hoje tocam a melodia de um dia encerrado
E o violão que sussurrava tristeza se enche de alegria
Na neblina da primavera recente
Aqui os anjos se alimentam
Onde o teto azul irradia
Aqui eles brincam de esquecer quem caiu e não quis se levantar
Sorte minha ter vocês
Meu divã, meu "Alfargan"
Me tira a pressão e aumenta o tesão
de viver

terça-feira, 26 de junho de 2012

Fala que é nóis!


 Talvez eu tenha aprendido
Que a maturidade chega...
...em parte
Quando a verdade se faz presente...
...e parte
Quanto sente coragem...
...e arde
Essa escolha de direção
A gente aprende a ser o que pensa não ser capaz de ser
Não por incompetência ou desleixo
Mas por essência de nascença
Temperança como recompensa

Me desculpa pelo bate-papo cortado
Por sair sem avisar, morando ao lado
É que às vezes cai um cisco em cada olho
E eu me recolho e vou soprar em outro lugar
Mas tu sabes que de nós, nos entendemos
E num olhar, compreendemos
Que amor maior que entre nós quatro, não há

E que a felicidade não há de chegar
Pois aqui, entre Garibaldi, Maricota, Netungo e Dado, ela nunca deixou de morar.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ondina





Ele se sente podre por dentro
Em seu rosto escorre a luxúria
Pelos cantos dos lábios, a sua alma impura
Balbucia inverdades
Abrindo ainda mais a ferida
Esquecendo que pode ser um pouco mais da sua vida
Se sente perdido pois seus desejos não caem do céu
Tudo que prega esvaiu-se pelas mãos
Tão ásperas e tão cegas são as pedras (que atira em si mesmo)

Qualquer escolha que você fizer não vai lhe fazer voltar atrás
Todo caminho que você traçar, só vai te fazer repensar
Me olho no espelho e te peço perdão
Babel parece baixa agora não?

Se sente culpado e não vai encontrar perdão
Cada ato insano.... cada ato tão comum
Olhos abertos. Olhos que não fecharão até que a exaustão

Mas teme que esta seja Ondina
Disfarçada de demônio
Que tenta tomar sua mente, transformá-la em patrimônio




Qualquer escolha que você fizer não vai lhe fazer voltar atrás
Todo caminho que você traçar, só vai te fazer repensar
Me olho no espelho e te peço perdão
Babel parece baixa agora não?

domingo, 26 de fevereiro de 2012

João e o pé de feijão (Prati dizer)

Então, numa quarta-feira de cinzas surgiu a inspiração necessária para a construção de apenas uma estrofe. Apertei o máximo que pude os meus miolos e a coisa só prosseguiu quando a janelinha pop-up do MSN surgiu e nossa conversa começou.
Daí em diante, em minutos, a canção surgiu.

Apresento à vocês: João e o pé de feijão




Tanto à Ti dizer
Me perco por fazer
Dos meus dias um lugar
Difícil de viver
E ter com quem estar
Ter com quem contar
Ter a quem contar
E esqueço e não sei acostumar

E de repente a gente se prende
Um só corpo, num só colchão

Te fazer sorrir
Talvez seja a cura
Pra fazer minha vida germinar
E fazer brotar um pezinho de feijão
Tal qual João, encontrar meu tesouro no céu
E sorrir

Isso pra Ti dizer
Te encontrar no meu querer
Aprumar o teu rumo no meu
E fazer do meu colo um mundo só teu

E de repente a gente se entende
E de um acorde uma canção

Vai te fazer sorrir
Talvez seja a cura
Pra fazer minha vida germinar
E fazer brotar um pezinho de feijão
Tal qual João, encontrar meu tesouro no céu
E te fazer sorrir
Ser a tua cura
E fazer, nosso mundo, um lugar
Te fazer corar o rosto e sentir

domingo, 8 de janeiro de 2012

Learning to Breather

Essa música diz muito dos meus últimos dias
Aqueles que me ensinaram a falar, andar, comer, aqueles que me educaram, me ensinam novamente a respirar juntamente com aquele que eu também ensinei a falar, andar, comer...
Sorte minha estar atracado a este porto seguro.



">