Tudo em seu tempo
Tudo em seu lugar
E o todo se mostra lindo
Só sinto o que me cabe
Abaixo a pulsação
E findo o dia sorrindo
A gente aprende a ser o que pensa não ser capaz de ser
E ver que não é errado seguir
Não se prometer
Caminhar, sorrir
E trilhamos com calma
A alma leva o corpo
E o corpo não quer deixar a cama
E beijo sua palma
Sua boca é o topo
E qualquer palavra se torna anagrama
E toda cor é azul
E todo beijo é o primeiro
E sou novamente, por inteiro
E toda flor é azaléia
E toda textura é sua pele
Que todo abraço, afivele
E todo cheiro é doce
E mesmo que não fosse lembraria do aroma
E toda viagem é curta
E todo o tempo que tenho, a ansiedade me toma
E todo o abraço não dura o suficiente
E todo fato é recente
E todo riso, indecente
E todo eu, aparente
E todo filme é curto
Todo domingo tá longe
Não sei se roubo ou furto
Se sou devasso ou monge
Nenhum comentário:
Postar um comentário