terça-feira, 7 de outubro de 2014

Canto I

Há tanto tempo quero tornar isso real, que me perco quando sinto tua boca
A mente ainda julga ser improvável essa realidade.
E às vezes trava. Paro de pensar. Com você ali. Não há espaço entre os corpos A vontade é de ocupar cada pedaço da tua pele. Competir espaço com as sardas.
O desejo é tanto, que não controlo os dedos, quando longe. E mando pedaços de mim... por textos... mensagens... pensamentos...
Aqui dentro, nunca para!
Tento me segurar. Segurar tudo aqui dentro. Mas não dá.
Seu sorriso logo me aparece. E me vejo acordando às 6:30 da manhã de um sábado, só pra ter mais tempo pra pensar em você. E agora? O que eu faço com isso tudo aqui? Não posso mandar fechar a fonte. Tá tudo tão escancarado... Tão depravado... Tão sem controle, que não tenho mais como segurar. Vou declarar.
Descer a serra sem freio e ver no que dá.
Me segura! Não me deixa bater muito forte. Não sei usar airbag ou cinto de segurança.
Atualmente, só quero usar você.
Corro pra ver teu sorriso. Luto pra me despedir.
Te soltar do abraço me gera incerteza. Quero me sentir seguro, inteiro.
Mas pra isso, preciso de você inteira... completa... consigo mesma.

Quando você vier pra mim, vista aquele seu vestido azul que você nem sabe que eu gosto.
Realça seus olhos, que me deixam nu. Sem máscara, armadura, tristeza e mágoa.
Só fica a pureza.
Obrigado por me fazer sentir isso.

Realmente, sou um cara de sorte.

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