quinta-feira, 14 de abril de 2016

Aquele casal do ônibus


Seu olhar já não é mais cristal
Sem brilho, sem transparência
Não irradia o meu

Seu sorriso não parece mais comercial de creme dental
Sem brilho, sem imponência
Não parece que é teu

O que que tinha fora da nossa caixa?
O que que a gente fez? O que que a vida traz?
Permanecer num barco num mar em calmaria não resolve meu dia

Conta meu encanto quando te vi
Conta no meu canto, quantos cacos restam de ti
Leva a poeira que ficou
Sai pela porta de trás, nem eu quero te ver saindo

Eu nem quero te ver

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